
16 nov Diabetes, como a doença pode ser controlada com uma boa alimentação.
O Dia 14 de Novembro foi escolhido como o Dia Mundial do Diabetes, e foi criado em 1991 pela IDF em conjunto com a OMS (Organização Mundial da Saúde), em resposta às preocupações sobre os crescentes números de diagnósticos no mundo.
Além do Novembro Azul, campanha voltada para a prevenção do câncer de próstata, o penúltimo mês do ano também chama à atenção para os cuidados do diabetes. Seja por questões alimentares ou hereditárias, a doença precisa ser acompanhada desde a possibilidade de seu desenvolvimento.
A data tornou-se oficial pela ONU (Organização das Nações Unidas) a partir de 2007, com a aprovação da Resolução das Nações Unidas 61/225. O dia 14 de novembro foi escolhido por marcar o aniversário de Frederick Banting que, junto com Charles Best, concebeu a ideia que levou à descoberta da insulina em 1921.
Para esse ano, o tema escolhido para a campanha foi “Mulheres e Diabetes: nosso direito a um futuro saudável”
Dentre os objetivos da campanha mundial estão:
- Incentivar os governos a implementar e fortalecer políticas para a prevenção e controle do diabetes e suas complicações.
- Disseminar ferramentas para apoiar as iniciativas nacionais e locais para a prevenção e controle do diabetes e suas complicações.
- Destacar a importância da educação baseada em evidências na prevenção e controle do diabetes e suas complicações.
- Aumentar a conscientização dos sinais de alerta do diabetes e promover ações para incentivar o diagnóstico precoce.
- Promover ações para reduzir os principais fatores de risco para o diabetes.
- Promover ações para prevenir ou retardar as complicações do diabetes. No Brasil, a Campanha do Dia Mundial do Diabetes é organizada pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
Agora, saiba como controlar a doença com uma boa alimentação.
A alimentação balanceada é um dos três pilares do tratamento do diabético, junto com o exercício e a medicação. Os diabéticos devem fazer uma alimentação balanceada normal, contendo carboidratos, proteínas, laticínios, frutas e vegetais.
Não adianta cortar o açúcar da dieta, pois a glicemia sanguínea é alterada por todos os tipos de carboidratos, além das gorduras e das proteínas, em menor proporção. Além disso, os carboidratos são necessários para fornecer
energia para as células e não podem ser eliminados da dieta.
O diabético precisa apenas prestar atenção aos carboidratos ingeridos. Num indivíduo normal, o pâncreas produz insulina na dose exata para que o carboidrato ingerido, que será digerido em glicose, entre nas células. O diabético tem problemas na produção ou utilização dessa glicose, então, precisa ficar atendo às doses de carboidratos para cada refeição. O tratamento deve ser feito para atingir certas metas de glicemia nas diferentes situações (como jejum e duas horas depois de comer).
Aqueles que utilizam medicação oral ou fazem tratamento apenas com dieta e exercício devem ficar atentos para a quantidade de carboidrato recomendada por refeição (normalmente prescrita pelo nutricionista) e para a qualidade dos carboidratos, quanto mais complexos mais demorada é a transformação do carboidrato em glicose, dando tempo para o corpo conseguir encaminhar a glicose produzida para dentro das células.
Fibras e gorduras monoinsaturadas retardam a absorção no estômago do carboidrato, e, desta forma, ele demora mais para chegar à corrente sanguínea. Assim, o corpo e o medicamento têm mais tempo para agir na utilização da glicose, evitando que a glicemia dê picos após as refeições.
Os usuários de insulina podem fazer dois tipos de tratamento, com doses fixas de insulina – que exigem quantidade fixa carboidratos nas refeições, podendo alterar o alimento, mas o total de carboidratos deve ser o mesmo – ou com a adaptação da dose de insulina para a quantidade de carboidratos ingerida, chamado de contagem de carboidratos. Para estes tratamentos também é importante ingerir alimentos que não causem um aumento muito rápido da glicose sanguínea, dando tempo para a insulina agir.
Em qualquer um dos tipos de tratamento é importante procurar alimentos que ofereçam nutrientes essenciais e não só calorias e carboidratos vazios, como os doces e refrigerantes com açúcar. Os líquidos com altos índices de carboidratos como sucos de fruta coados (sem as fibras da casca e bagaço) e refrigerantes açucarados devem ser evitados, pois a absorção deles é muito rápida, não dando tempo para o corpo e a medicação agirem, causando picos glicêmicos que são prejudiciais ao tratamento.
As gorduras, além de causar ganho de peso, aumentam a glicemia em média quatro horas depois de ingeridas. Esse aumento tardio da glicemia pode confundir o diabético e atrapalhar o controle, já que não associa a ingestão do alimento há tanto tempo com o aumento glicêmico.
Na hora de escolher os alimentos industrializados, é importante saber ler o rótulo para tomar uma decisão consciente, todas as informações contidas no rótulo são importantes, desde o seu valor calórico até o seu prazo de validade. O importante é saber interpretar as informações descritas.
Muitas vezes o paciente é o único diabético da família e a separação dos alimentos na casa se torna difícil, mas a boa notícia é que um programa nutricional feito para o diabético é altamente saudável e pode ser aproveitado pelo resto da família, resultando em uma alimentação benéfica para todos. Nesse momento é preciso que haja muita confiança entre paciente e profissional e cabe ao nutricionista conduzir as orientações com seus conhecimentos e experiência.