29 nov Os Riscos da Automedicação.
A automedicação pode levar a intoxicações graves e é mais comum do que muitas pessoas imaginam. O enredo é quase sempre o mesmo: uma pessoa sente algum tipo de dor, mal-estar ou desconforto, pede uma dica para um familiar, amigo ou vizinho, e vai até a farmácia para comprar o remédio indicado, sem receita médica.
Também, é bastante comum ter em casa um estoque de comprimidos e pílulas para amenizar as dores mais diversas. Porém, o alívio dos sintomas após a automedicação nem sempre significa que houve um tratamento adequado. E muito menos que o problema foi resolvido, pois a prática pode estar mascarando problemas mais sérios.
O principal risco da automedicação é, sem dúvida, a intoxicação. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) o uso de remédios de forma equivocada é a principal causa de intoxicação no país, à frente da ingestão de alimentos estragados e do contato com agrotóxicos e com produtos de limpeza.
Outro problema da medicação por conta própria é o uso indiscriminado de remédios. É cada vez mais comum as pessoas vincularem o seu bem-estar exclusivamente ao consumo de fármacos, sem que, para isso, tenham o parecer de um profissional da área da saúde.
A automedicação pode também prejudicar o efeito dos remédios no organismo. Se dois medicamentos forem utilizados ao mesmo tempo de forma inadequada, um deles pode simplesmente anular o efeito do outro ou, em alguns casos, potencializar esse efeito e torná-lo perigoso.
A intoxicação por uso de medicamentos, tem números bastante assustadores. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, cerca de 30 mil casos de internação são registrados por ano no Brasil, sendo as crianças as maiores vítimas, menores de 5 anos de idade representam uma parcela de aproximadamente 35% dessa estatística.
O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte. Entre os tipos de uso irracional de medicamentos estão:
– Uso inadequado de medicamentos antimicrobianos, freqüentemente em doses incorretas ou para infecções não-bacterianas;
– Uso excessivo de injetáveis nos casos em que seriam mais adequadas formas farmacêuticas orais;
– Prescrição em desacordo com as diretrizes clínicas.
O uso indevido de medicamentos, até mesmo os de venda livre, pode trazer consequências ao organismo. Por isso, consultar um profissional de saúde e ler a bula é sempre a melhor opção em qualquer sinal de problema.
Compartilhe os riscos da automedicação para que essa prática seja cada vez menos comum!