Mal de Alzheimer, o que você sabe sobre essa doença?

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Mal de Alzheimer, o que você sabe sobre essa doença?

A doença de Alzheimer (DA) é uma demência neurodegenerativa complexa que vem se tornando um problema de saúde pública devido à elevada prevalência, curso prolongado, suporte caro e ausência de tratamentos eficazes. Nos últimos anos, avanços notáveis na compreensão dos aspectos genéticos e moleculares associados à DA vêm permitindo o surgimento de abordagens terapêuticas mais promissoras. Contudo, no momento, as únicas drogas capazes de produzir alguma melhora cognitiva são os inibidores da colinesterase. Espera-se que no futuro a doença possa ser diagnosticada e tratada adequadamente nas fases iniciais, mudando a história natural dos pacientes com Alzheimer.*

A doença de Alzheimer é, de fato, um tema de ética extremamente complexa. Muitos pontos podem ser levantados à discussão, entretanto, existem alguns parâmetros que, de certa forma, são fundamentais. Um deles é que o portador da doença de Alzheimer, assim como qualquer outro cidadão deve ser tratado com respeito e dignidade. Hoje, esse tipo de demência já é vista como um quadro clinicamente neurológico e não como algum tipo de deficiência mental. Não se trata do processo de envelhecimento normal, posto que não é a maioria que sofre deste mal. O portador da doença de Alzheimer não deve, portanto, ser marginalizado socialmente. Trata-se de uma patologia e como tal deve ser tratada. Existem doenças incuráveis, mas não intratáveis.

Os familiares do doente são colocados também numa situação extremamente delicada. O estado do paciente acaba por desestabilizar psicologicamente aqueles que são mais próximos. Os cuidados exigidos também provocam fortes alterações no cotidiano dos responsáveis pelo paciente. Assim, o cuidado médico deve se estender aos familiares, de modo que sejam encaminhados para acompanhamento psicológico, a fim de estabelecer o equilíbrio emocional.
O custo do tratamento é altíssimo e não condiz com a situação do brasileiro. O mal de Alzheimer acomete tanto as classes mais altas quanto as mais baixa e o tratamento é o mesmo. Apesar de algumas entidades doarem os medicamentos, não atinge a todos que precisam. Assim, é papel do Estado, facilitar o acesso a esses medicamentos oferecendo preços acessíveis à população.

Por fim, é válido lembrar que o idoso de hoje foi o trabalhador de ontem e de, certa forma, eles foram grandes colaboradores para a formação da sociedade. Assim, é obrigação das gerações seguintes promover todos os cuidados e bem-estar necessários para um envelhecimento saudável e digno.

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